segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Assistencialismo é uma evidência de nosso fracasso


O assistencialismo, como o que temos no Brasil, é apenas uma evidência de nosso fracasso, assim como mostra a qualidade dos governantes que elegemos.


Entendo que a sociedade ideal é aquela que cria as condições para que cada pessoa, para que cada família possa ganhar a vida decentemente. O assistencialismo é o método que os políticos fazem uso para aliciar seus eleitores. Entre o pão e o circo, é o pão. O circo eles criam conforme a oportunidade da ocasião, seja frente às divergências com os concorrentes, ou quando assumem posições ideológicas. Mas são desmascarados quando vemos as alianças que fazem no submundo da política. Não defendem valores, defendem interesses.

É o mais do menos, é na realidade uma triste combinação entre a ignorância e o conservadorismo. Eles acreditam que são progressistas, mas defendem os modelos de governos que menos progridem. São populistas e se caracterizam, ou como uma atitude hostil frente às empresas privadas ou procuram cooptar seus dirigentes e acionistas. Eles culpam as empresas pelos males de que seus países padecem ou as submetem ao clientelismo político. Não satisfeitos criam ou se apropriam do controle das estatais, também as colocando a serviço de seus interesses.

O resultado é o crescimento da corrupção e da popularidade do governante.

Mas infelizmente a corrupção, a corrupção política, ou a corrupção na política de uma determinada sociedade deteriora as próprias estruturas da sociedade, uma vez que a política é o cuidado com o que é público, dos bens e serviços públicos, que deve estar acessível a todos, já que é o resultado da busca de soluções para os problemas que a sociedade enfrenta, como a violência, ou pode enfrentar, como uma ameaça externa.

A corrupção na política é aproveitar-se, apropriar-se do que é público, que é coletivo, em benefício próprio. Em resumo é roubar. Se os agentes públicos – os políticos – são corruptos, e/ou se associam a agentes privados corruptores, a saúde da sociedade corre sérios riscos. Faltando o respeito pelo que é de todos, prevalece no comportamento de cada um o vale tudo, o “levar vantagem” em tudo, para isso se utiliza artificialismos dos mais variados, justificando privilégios.

E uma sociedade somente aceita a corrupção política, a corrupção na política quando não tem o entendimento do que é público e do que é privado. Uma sociedade que desconhece ou desconsidera que bens e serviços públicos têm como característica essencial a impossibilidade de limitar o seu uso àqueles que pagam por ele ou a impossibilidade de limitar o acesso a eles através de restrições seletivas, com uma única exceção eticamente aceitável: o privilégio ou benefício dado aos portadores de deficiência física ou mental, incluindo as advindas com a idade ou aquelas resultantes de sequelas de acidentes ou fruto da violência.

3 comentários:

  1. A presidentA já está pensando na reeleição
    Vamos ter uma "ditadura" vermelha, se não for escancarada, vai ser na base do voto comprado dos miseráveis....

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  2. Por conta disso, não querem uma escola de qualidade.
    Os alunos aprendem na escola a serem massacrados e ficarem de cabeça baixa
    A escola está formando carneirinhos, conformados
    Exemplo é a escola Leopoldo Santana no Capão Redondo. Os alunos aprendem a coletar doação nas ruas, recolhem alimento não percivel e a escola coordena a distribuição.
    Distribuição na comunidade onde o CP da escola também coordena, nessa mesma escola esse CP fez o seu quartel general e a seu diretório.
    Recebeu 7.000 votos e saiu pelo PV
    Denunciei que ele falsificou documentos da escola e por conta disso, foi suspenso da escola, mas volta. Logo ele volta.
    Me ameaçou de morte e mandou jogar uma bomba na frente da minha casa. So não foi dentro da minha casa, que tenho portão de madeira sem nenhuma abertura.

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  3. De nada serve tentar ajudar a quem não se ajuda a si mesmo
    Não corrigir as próprias falhas é cometer a pior delas - Confúcio

    Esses sábios conselhos/ensinamentos, especialmente o segundo ainda não foram assimilados no Brasil. Governo continua esbanjando, astronômicas somas de recursos públicos na execução de atividades paternalistas, dando-lhe a atraente e cativante denominação de programa de erradicação da pobreza rural. Os resultados foram e continuam sendo decepcionantes, pois em vez de erradicar a referida pobreza estão perpetuando-a e até estimulando-a. Entre outras razões, porque aos "beneficiários" desses programas é mais cômodo ganhar sem trabalhar e sem produzir, do que ter que trabalhar e produzir para poder ganhar. Em vez de desenvolver as capacidades dos pobres rurais para que saibam trabalhar e produzir com maior eficiência e produtividade, o governo insiste em continuar iludindo-os com migalhas, que os transformam em pedintes, que rapidamente tornam-se irrecuperáveis para a vida produtiva e geradora de riquezas. Com tal procedimento o governo está imputando-lhes um dano irreversível porque está destruindo, em vez de fortalecer e desenvolver, a vontade e a capacidade dessas famílias rurais de gerar mais renda como conseqüência de um trabalho mais eficiente e mais produtivo. Isto significa que, enquanto se queixa que os recursos públicos são insuficientes e quer nos cobrar cada vez mais impostos para manter uma burocracia parasitária e improdutiva, o governo desperdiça impostos na promoção do “anti-desenvolvimento”, por estar adotando medida exclusivamente populista para destruir a dignidade dos pobres rurais. Ao destruí-la está transformando pessoas potencialmente produtivas e solucionadoras de problemas em pessoas improdutivas e causadoras de problemas para a sociedade.

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